A Pré-Eclâmpsia é o nome dado à doença hipertensiva específica da gravidez, que surge a partir das 20 semanas, principalmente no terceiro trimestre de gestação.

Quando não controlada, pode causar insuficiência placentária, restrição de crescimento do bebê, além de alterações graves na mãe, até convulsões (eclâmpsia) e o óbito. 

É a primeira causa de mortalidade materna no Brasil e importante causa de prematuridade e morbidade perinatal.

O risco de resultados adversos é maior quando a doença é grave e de início precoce. 

É por isso que neste dia reforçamos importância de prevenir a Pré-eclâmpsia. E como fazemos isso? Monitorando e, quando possível, diminuindo os fatores de risco e fazendo em todas as gestantes o RASTREAMENTO do risco de desenvolver a doença, associando ao histórico materno o estudo Doppler das Artérias Uterinas durante a Ultrassonografia Morfológica do Primeiro Trimestre (entre 11 e 14 semanas).

As suas causas ainda não foram completamente estabelecidas, mas sabemos que a única maneira de diminuir a gravidade da Pré-Eclâmpsia é com um acompanhamento pré-natal especializado e criterioso com seu obstetra e um especialista em Medicina Fetal.

Felizmente, hoje temos a possibilidade de identificar precocemente grande parte das gestações que têm um risco maior de evoluir para apresentações mais graves e precoces da pré-eclâmpsia e de quadros de restrição de crescimento fetal. Desta maneira, podemos adotar medidas preventivas que comprovadamente reduzem a prevalência da doença, como o uso diário da Aspirina nos casos de alto risco.

Por Dra. Débora de P. Soares Albuquerque, médica especialista em Medicina fetal do corpo clínico da Wave.