A medida do colo do útero deve ser realizada em todas as gestantes, por via transvaginal, no mesmo momento da realização da Morfológica de Segundo Trimestre.

Porque devemos realizar a medida do colo uterino?

O achado de colo uterino curto na gestação, é um fator de risco para parto prematuro.

Quanto MENOR o comprimento do colo uterino, MAIOR o risco para parto prematuro. Consideramos curto, o colo do útero que menos de 20 mm (em algumas referências 25 mm).

O período para realização desta medida deve ser entre 20 a 26 semanas de gestação (habitualmente é feita juntamente com o exame Morfológico de segundo trimestre), deve ser realizada por via Endovaginal e deverá ser solicitada pelo seu Obstetra.

O médico Ultrassonografista deverá fazer as medidas, respeitando a técnica correta. A partir do comprimento do colo associado ao histórico de gestações anteriores da mulher (por exemplo, antecedentes de parto prematuro), definimos se essa gestante faz parte do grupo de baixo ou de alto risco para ter parto prematuro.

Caso a paciente apresente uma medida do colo uterino abaixo de 25mm indica-se o uso de seguimento, Progesterona por via vaginal associados, ou não, a outras medidas estabelecidas por seu Obstetra.

O parto prematuro é definido quando o nascimento ocorre antes de 37 semanas completas de gestação.

Principal causa de complicações neonatais e é responsável por 75% a 95% dos casos de mortalidade neonatal. A incidência de parto prematuro é de 8 a 10%.

A sobrevida do bebê quando o parto acontece antes de 24 semanas de gestação ou peso fetal menor que 500g é de no máximo 10%. Mais de 60% dos que sobrevivem, terão sequelas severas. Porém, quando com as medidas profiláticas conseguimos postergar o parto para depois das 32 semanas de gestação, a sobrevida neonatal é superior a 95%, com menos de 5% de sequelas graves.

Os custos sociais e emocionais da prematuridade são enormes e a identificação de gestantes com risco elevado para parto prematuro tornou-se prioridade na Medicina Fetal.

Por isso a ENORME importância de realizar a medida do colo uterino.

Por Dra. Regina Sandini Bayer Tuleski, médica especialista em Medicina fetal do corpo clínico da Wave.

Fonte: ROMERO et al., 1992; ZALAR, 1998; HARTMANN et al., 1999.