Desde o momento da fecundação, o futuro bebê já tem seu sexo determinado pelos cromossomos que recebe da mãe e do pai.

Habitualmente, os seres humanos apresentam 46 cromossomos, 23 cromossomos vêm da mãe e 23 cromossomos do pai. Destes 46, 2 cromossomos são chamados de cromossomos sexuais: o “X” e o “Y”. Biologicamente as mulheres apresentam dois cromossomos X e os homens um cromossomo X e um Y. Por isso, o que determina se a pessoa tem o sexo masculino é a presença (homem) ou ausência do cromossomo Y (mulher).

O cientista chinês Y. Dennis Lo descobriu que no plasma do sangue da gestante existem fragmentos de DNA do feto circulando. A sexagem fetal surgiu baseada nesta informação.

Uma pequena quantidade do sangue da gestante é coletada e centrifugada para separar o plasma, a parte líquida do sangue. Dali, o DNA do feto pode ser examinado por PCR, uma técnica de biologia molecular na qual as regiões de DNA de interesse são multiplicadas (amplificadas) milhões de vezes.

O objetivo é detectar no DNA fetal extraído a presença, ou ausência, da região SRY, presente em parte do cromossomo Y. Essa região determina o desenvolvimento dos genitais masculinos em mamíferos. Caso localizada, o teste determina que há cromossomo Y circulando no sangue da mãe, assim, o sexo biológico do bebê é masculino. A ausência da porção SRY identifica o provável desenvolvimento de um feto do sexo feminino.

Para realizar o exame, não é necessário estar em jejum ou ter qualquer outro preparo. O exame pode ser feito em qualquer idade gestacional, mas é recomendado que a mulher deva preferencialmente, estar com no mínimo oito semanas de gestação, pois quanto mais avançada a idade gestacional, maior a quantidade de DNA fetal circulante no sangue materno. A partir da 8ª semana, a sensibilidade (probabilidade de acerto) do exame de sexagem fetal é superior a 99%.

Há alguma limitação do método?

Sim. Como baixa quantidade de fragmentos de DNA fetal disponível no sangue materno (em casos de coleta em idade gestacional precoce por exemplo), situações de mosaicismo (quando o feto apresenta células geneticamente, situação rara) e nos casos de gestação gemelar dizigótica, pois se é detectado o cromossomo Y só poderemos saber que pelo menos um dos bebês é menino.

Foto de capa retirada do site: Ficar Grávida