Com a propagação do novo coronavírus (Sars-Cov-2) no nosso país, o Ministério da Saúde (MS) anunciou recomendações que devem ser adotadas. Destacam-se o isolamento domiciliar e o cancelamento/adiamento de grandes eventos.

Por qual motivo??

Para se evitar o crescimento acelerado no número de casos confirmados.

E quem está voltando de uma viagem internacional, como proceder?

O que está sendo orientado é o isolamento – em casa, por sete dias, atentando-se para sintomas da Covid-19, que é a doença provocada pelo Sars-Cov-2 (Coronavírus).

Surgindo quaisquer dos seguintes sintomas: febre associada a sintomas respiratórios (tosse, falta de ar), um hospital deve ser procurado. Caso só haja sinais isolados, como coriza, ou dor no corpo, ou tosse, o procedimento é a realização de uma ligação para o número 136. Profissionais habilitados darão orientações específicas, evitando-se o risco de uma exposição desnecessária a um ambiente com maior circulação dos patógenos.

Outras recomendações gerais do governo federal envolvem:

• Colocação de equipamentos com álcool em gel em serviços públicos e privados. Toalhas de papel também devem estar disponíveis
• Aumento na frequência de limpeza de locais onde muita gente coloca as mãos corriqueiramente. Exemplos: maçanetas e corrimãos.
• Se você possui uma doença crônica ou é idoso, evite grandes aglomerações.
• As medidas de higiene precisam ser redobradas. Lave as mãos com regularidade, passe álcool em gel, evite apertos de mãos e abraços.

O principal objetivo dessas estratégias é dar tempo ao Sistema de Saúde lidar com os pacientes mais graves, sem uma sobrecarga enorme, o que causará um aumento do número de casos no país em progressão geométrica, ou seja, duplicando a cada 2 ou 3 dias.

Curitiba já é considerada uma região com transmissão sustentada do Coronavírus, ou seja, ela já é uma infecção comunitária. E por isso o Ministério da Saúde sugere restrições adicionais às acima descritas. Pois caso se consiga reduzir em 50 % o trânsito de pessoas, poderemos controlar a epidemia.

As recomendações adicionais são as seguintes:
• Estímulo das empresas a trabalho remoto e reuniões virtuais. Por que?? Pois o home office impede tanto o contato no ambiente de trabalho como diminui o uso de transporte público, onde há aglomeração de pessoas.
• As empresas ainda precisariam estimular horários alternativos e escalas de trabalho, para diminuir o número de pessoas nos ambientes.
• Instituições de ensino devem considerar a antecipação das férias.
• Elas também têm de valorizar ferramentas de ensino à distância, para não haver tanto prejuízo do calendário escolar.
• Evitar horários de pico nos diferentes serviços. Ex.: compras em supermercados.

E sobre a máscaras… devemos ou não usar?

Após o surto do novo coronavírus a partir da China, as máscaras cirúrgicas descartáveis ficaram ainda mais em evidência em todo o mundo — principalmente, claro, nos mais de dez países onde o vírus foi detectado. De uma maneira geral, o uso de máscaras para prevenir infecções e problemas pulmonares pode ser positivo. E, quando de fato é necessário, deve ser mantido.

Mas quando é realmente necessário? O uso de máscaras só é recomendado para indivíduos que já estão doentes e não querem/devem transmitir infeções para outras pessoas.

As máscaras cirúrgicas padrão são confeccionadas principalmente para garantir o bloqueio de partículas e gotículas. Quando há infecção, acredita-se que essas não podem ser filtradas pelo item de proteção. Por serem descartáveis, ou seja, haver prazo de validade, passar um dia inteiro com uma máscara, pode trazer risco de contaminação para outras pessoas que estiverem ao redor, pois sua superfície estará infectada.

Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) prioriza várias outras medidas de segurança para conter surtos e situações do gênero.

Entre as estratégias mais eficazes estão lavar as mãos com frequência, evitar levar mãos sujas à boca ou ao nariz, usar e descartar tecidos quando espirrar ou tossir e manter uma distância de ao menos um metro de outras pessoas.

Vamos cada um de nós fazer a sua parte!

Por Dra. Ana Paula Passos, médica especialista em Medicina Fetal aqui da Wave.