Setembro é o mês dedicado à prevenção do suicídio. A Depressão pós parto ou depressão perinatal (termo mais adequado), acomete 1 em cada 4 mães no Brasil. Essa taxa é mais elevada do que os 19,8% casos estimados pela OMS em países em desenvolvimento. 

As conhecidas flutuações hormonais, o edema cerebral decorrente das altas taxas de progesterona e o blues puerperal muitas vezes nos levam a desvalorizar sinais depressivos que, se não tratados, podem piorar e se intensificar no período puerperal. 

Na tentativa de amenizar sintomas como insônia, palpitações, crises de ansiedade e sentimento de tristeza, muitas vezes utilizamos terapias medicamentosas que poderão causar alívio, porém serão ineficazes para o tratamento do quadro depressivo como um todo. 

Se não diagnosticada e tratada adequadamente, a depressão perinatal pode causar distúrbios do crescimento fetal, aumento das taxas de complicações no parto e ainda comprometer o vínculo mãe-bebê o que atrasa o neurodesenvolvimento da criança.

Devemos estimular essas mulheres a perder a vergonha, falar e procurar ajuda. Pensando nisso, a Wave programou seu segundo encontro para profissionais de saúde que trabralham com gestantes e puérperas. Vamos nos atualizar sobre Depressão perinatal e uso de psicofármacos com uma palestra ministrada pela Dra. Patrícia Ehlke, psiquiatra da nossa Equipe Multidisciplinar.